quinta-feira, 19 de julho de 2012

Rússia e China vetam sanções contra Síria na ONU e propõem prorrogar missão no país


Rússia e China vetaram nesta quinta-feira (19) a resolução do Conselho de Segurança da ONU que busca impor sanções contra o presidente sírio Bashar al-Assad se ele não parar com o uso de armas pesadas.
A crise na Síria em fotos
A crise na Síria em fotos
Trata-se da terceira vez em nove meses que Rússia e China empregaram seu direito de veto como membros permanentes do Conselho para bloquear resoluções contra Damasco. A votação resultou em 11 votos a favor, dois contra e duas abstenções.
Na quarta-feira (18), um ataque em um prédio de Damasco matou ao menos três pessoas ligadas ao alto escalão do governo sírio: o ministro da Defesa, Daoud Rajiha; o vice-ministro deste departamento e cunhado de Assad, Assef Shawkat; e o assistente presidencial Hassan Turkmani.
O ataque de quarta-feira (18) é o maior golpe perpetrado contra o regime pelos rebeldes desde o início das revoltas na Síria, em março de 2011. O Exército Livre Sírio (ELS) reivindica a autoria do ataque. O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), sediado em Londres, diz que pelo menos 214 pessoas, em sua maioria civis, morreram na quarta-feira (18)  na Síria, sendo 38 em Damasco. 

Como votou o Conselho

Reino Unido, França, Alemanha e os EUA propuseram na resolução vetada a implementação do plano de paz do enviado da ONU à Síria, Kofi Annan. O plano autoriza o conselho a tomar ações que vão desde as sanções econômicas e diplomáticas até a intervenção militar.
A Rússia se opõe frontalmente à medida. Nesta semana, o chanceler russo, Sergei Lavrov, chamou a ameaça de sanções de "chantagem". 
Os 15 integrantes do conselho ainda podem negociar outra resolução para decidir o destino da missão desarmada que está no país. O prazo para a missão deixar a Síria acaba à 0h da sexta-feira (20). A Rússia propôs no conselho uma resolução que prorrogue a missão da ONU no país árabe por 90 dias, sem uma cláusula que fale em sanções.

Nenhum comentário:

Postar um comentário