segunda-feira, 25 de junho de 2012

Os meus sonhos e as angústias que eles provocam!

Cedido pelo Blog "http://reinaldocantanhede.blogspot.com.br"

Os meus sonhos
e as angústias que eles provocam!

Quando eu era um garoto de mais ou menos 12 a 13 anos de idade, constantemente sonhava brigando com o diabo. Na luta eu matava o inimigo e ele sobrevivia aos golpes fatais,  por várias vezes até quando ele fugia e, se escondia em uma casa de uma moradora de um Povoado, populoso. Ficava nos arredores de um terreiro grande e arenoso onde  os garotos de  12 a 16 anos e mais jogavam bola.

Quando eu acordava ficava angustiado e continuava por alguns dias aguardando uma emboscada. A minha expectativa era de enfrentá-lo e vencer o inimigo,  do sonho na vida real. A arma a ser utilizada para o confronto, era um facão de 22 polegadas, da marca  collins que o meu pai havia comprado para usar quando fosse para á roça e atividades similares.

Um certo dia, em conversa com o meu pai, José Nazário Lima, sobre sonhos. Criei coragem e disse que eu tinha um sonho que se repetia e era muito ruim.  Disse para Nazário, que, de vez enquanto sonhava brigando com o diabo, mato ele com o seu facão  e, quando dou as costa ele aparece novamente vivo, e traiçoeiramente pretende matar-me. Até quando ele corre e se esconde em uma casa verde. O diabodos sonhos não tinha rabo e nem chifres, eram homens, apareciam sempre nus da cintura para cima!

Nazário perplexo disse: você também tem esse sonho! Onde fica essa casa que ele se esconde? Respondi que no meu sonho o diabo se esconde na casa de Dona..., no Povoado.... Disse Nazário – eu também tinha esse sonho, quando eu era mais novo e, nunca perdi uma luta, acontecia exatamente como tu estas   contando.

Com o passar dos anos, essa fase encerrou e outros sonhos intensificaram-se, incluindo lutas, não  era mais com odiabo, era com homens de uma comunidade muito pobre. Tentavam encurralar-me em becos escuros e sem saídas, e para defender-me em sonho, matava muita gente, com arma branca. No meio ao linchamento e cercado por todos os lados eu  fugia da multidão voando e eles continuavam a perseguição. Acordava apavorado!

Repetidas vezes sonhava como já descrito, até que um dia,  fui surpreendido pela polícia e, eu para não ser preso, pelos policiais e os inimigos, tentei voar e não consegui. Na fuga, deparei-me com um rio ou mar,  de onde pulei, era muito alto. Não tive escolha, ou morreria afogado ou eles matariam - me. Como perde - se muita parte do sonho e, nessa momento  agonizante,  eu acordava. Desconfio que, em razão desses sonhos,  é que eu tenho medo de tomar banho em águas profundas sozinho!

Passaram-se os anos, eu comecei a sonhar com  áreas de terra por onde nunca havia passado na vida real. Quando não estava sonhando com matas fachadas e escuras, sonhava com escombros,  casarões  antigos  e abandonados.  Até que,  um certo dia, em viagem para realizar uma tocata em um lugarejo de nome São Raimundo, lá havia um alambique de fazer cachaça de cana. Na trajetória passamos por um lugar e, lá paramos para tomar um gole  ou água. Perguntei o nome do lugar, responderam-me que era Santa Filomena, fica no município de Santa Rita no maranhão,   lá havia uma estação ferroviária  da antiga Maria fumaça, na estrada de ferro São Luís /Teresina.

Os sonhos continuaram, como eu era músico, toquei saxofone tenor, trombone de pistões e guitarra, fui convidado  para tocar uma festa pelo senhor Helpídio Pereira, conhecido por Velho, em um lugar: Vila Maranhão, fica na Ilha de São Luís no maranhão, seu acesso faz-se por uma estrada que liga a BR 135, ao porto do Itaquí, no maranhão.

Ao chegarmos na localidade, deparei-me com a casa onde sempre sonhava. No fundo da casa haviam  mangueiras seculares e, depois das mangueiras  surgia um igarapé, raso de águas bem límpidas, sobre areia alvinha e, lá em sonho eu jogava canga-pé com outros colegas. Quando eu estava tomando banho sozinho, arrastava minha barriga sobre a areia da parte mais rasa do igarapé estreito.

Constatação, em 1983, fui  trabalhar  na restauração do Convento das Mercês, em Alcântara - MA, onde hoje funciona a sede do ISFAN, na condição de empregado da empresa Algas Engenharia. Em um final de semana, fui percorrer as ruas da cidade Turística, para conhecer os casarões. Já havia observado a existência de chaves potentes talvez,  com mais de 25 centímetros de comprimento, eu estava fascinado a procura de quem pudesse contar-me histórias de lá. Não encontrei

Ao passar por ruínas do Palácio Imperial, tive a impressão de conhecer aquela dependência. Perplexo, segui andando até a rua da amargura, já desabitada. Os escombros diziam-me  em silencio, que, naquele lugar já havia morado ou pelo menos passado varias vezes por lá.

Atualmente de vez enquanto sou surpreendido, sonho com uma casa grande e velha  em Ruína, a casa foi eu quem projetou e não pude concluir, por encontrar-me em decadência econômica. Quando não  sonho com a minha casa, sonho com a casa do meu pai,  em estado de ruína e, ele, não pode fazer os reparos necessários. Aminha casa do sonho é muito grande com muitos compartimentos. Quanto a casa do meu pai, também, não corresponde com as realidade vivida. E, nem  a minha!

Estes constantes sonhos provocaram-me um grande sofrimento. E, as vezes, acordava chorando envergonhado com o meu fracasso. No que diz respeito as lutas travadas, temia ser um aviso do que poderia ser a minha vida futura. Após assistir a novela: “Alma Gêmea” comecei a desconfiar tratar-se  talvez, da minha vida passada. Foi então que eu decidi a investigar a minha origem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário